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O "pensar", como castigo nos primeiros anos de vida.

05-12-2011 14:25

 

 

      imagem: (bb-castigo.jpg

 

            Começo meu artigo pensando num mundo melhor, onde o diálogo prevaleça, que as famílias tão ausentes na sociedade atual, não procurem a forma mais fácil de corrigir seus filhos, apoiadas no pensamento de vários especialistas que colocam esta prática como solução para problemas disciplinares.

             Meus vários anos de estudo  e reflexão, me dão hoje o direito de pensar num cantinho, sobre o que é mais saudável para o desenvolvimento bio-psio-social, o que não conseguiria fazer, sem os pré-requisitos que fui acumulando ao longo da minha existência e após várias pesquisas e estudos na área da Pedagogia , Psicologia e Psicopedagogia.

            Nos dias atuais, é comum ouvir-se de professores, que mandaram a criança pré-escolar para um cantinho pensar, quando estas fazem alguma coisa que desagrada. Este pensar, é reconhecido pelo aluno, como castigo, embora muitas vezes ele nem saiba falar direito, e nem das fraldas tenha saído.

            Como professora de Filosofia, tenho uma outra  abordagem sobre o ato de pensar, e não o associo a punição, uma  vez que a reflexão contribui para o aprendizado e também desenvolve o  espírito crítico, contribuindo para o desenvolvimento da inteligência e para o aprimoramento do conhecimento.

            Portanto, quando faço a criança pensar que será castigada, e que tem que pensar, estou demonstrando à ela, que pensar não é um ato que  possibilita buscar soluções para resolver problemas,  e sim  um castigo, porque toda vez que  não agrada, a colocam para pensar.

            Esta  forma  de punição é transferida da escola para casa, e vice-versa, as pessoas não sabem como resolver a indisciplina, que muitas vezes está relacionada com a falta de cumplicidade, de diálogo e de afeto dos envolvidos.

             A criança reconhece quando reprovamos seu ato, mas dependendo da idade, não tem maturidade para entender porque estou acuada para pensar, e fica desolada e desconfiada, o que afetará  seu estado emocional, e poderá trazer outras  consequências para o desenvolvimento social.

 Portanto, evitar  constrangimento é uma forma saudável  de educar, previsto no próprio Estatuto da Criança e do Adolescente  ( ECA -Lei 8069\90).

Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.

Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.

Art. 71. A criança e o adolescente têm direito à informação, cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua condição de pessoa em desenvolvimento.

 

 A Lei 9394\96  de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), trata sobre as finalidades da Educação conforme segue:

Título II - Dos Princípios e Fins da Educação Nacional.

Art. 2. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art. 3. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;

 

            Durante mais de trinta anos de magistério, dentro e fora da sala da aula, exercendo função de  professora e Gestora, pude observar quanto o diálogo é importante, sempre apoiado na tolerância.

            Para dialogar você precisa parar o que está fazendo, olhar para criança e vê-la, permitir que ela sinta que sua atenção está  nela e que existe afetividade, cumplicidade, respeito e  carinho.

Quando um educador manda uma criança pensar, provavelmente ele não quer dispor de tempo para a mesma, ou não sabe que orientação dar naquele momento.

Quem educa precisa ser inteligente, criativo e receptivo e nunca menosprezar ou subestimar a inteligência de uma criança, reconhecer que ela quer ouvir, argumentar e entender.

Educar é  um processo a longo prazo, portanto, não espere que sua criança entenda quando você  explica uma vez, duas, três... Tenha paciência, e pense que quando você estiver na velhice, ele terá com você a mesma paciência que você a ensinou a ter na infância.

Após a educação dialogada, pais e filhos,  não terão problemas de comunicação, vão aprendendo a se conhecer, a se respeitar e a trocar sonhos,frustrações e as experiências concedidas pela vida, onde cada um sabe qual é o seu papel e o seu limite.

E aos educadores que utilizam o cantinho em sala de aula, deixo a mesma orientação, paciência, amor, afetividade e acima de tudo, compromisso com o ser que está em formação na idade pré-escolar, para que ao chegar no ensino fundamental, ele tenha uma postura mais adequada.

Educar é um compromisso que começa no útero materno e se estende por toda a existência humana, portanto quem educa deverá aprender que é a persistência e o amor que  elevam as criaturas e possibilita a fala entre as almas.

 

                                   Irene Fonseca

 

           

 
 

Professores não têm autonomia.

10-11-2011 11:05

 

Realmente, o professor não é consultado em nada, hoje propaga-se a autonomia da escola pública, onde está esta autonomia, num sistema em que tudo vem direcionado pelos órgãos superiores e as  escolas têm que cumprir sem direito de contestar? O professor responde pelo seu espaço em sala de aula, e hoje os cursos de capacitação impõem as metodologias que eles devem utilizar.  Não existe autonomia alguma, eles cumprem os programas das Diretorias de Ensino, respondem pelo fracasso dos  resultados, sem direito a participar da construção do processo em si. Não são valorizados, e na atual sociedade, tornaram-se uma classe marginalizada, por serem sempre taxados como responsáveis pelos baixos rendimentos dos alunos e pela violência social.

Irene Fonseca

Resposta a notícia que publiquei hoje: Professores não participam das decisões em educação...

Autismo.

02-11-2011 01:26

 

 
Autismo fonte: https://www.psicosite.com.br/tra/inf/autismo.html
Transtornos relacionados por semelhança ou classificação 

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Informações complementares  

O que é?
É uma alteração cerebral que afeta a capacidade da pessoa se comunicar, estabelecer relacionamentos e responder apropriadamente ao ambiente. Algumas crianças apesar de autistas apresentam inteligência e fala intactas, outras apresentam também retardo mental, mutismo ou importantes retardos no desenvolvimento da linguagem. Alguns parecem fechados e distantes outros presos a comportamentos restritos e rígidos padrões de comportamento.

Características comuns

  • Não estabelece contado com os olhos
  • Parece surdo
  • Pode começar a desenvolver a linguagem mas repentinamente isso é completamente interrompido sem retorno.
  • Age como se não tomasse conhecimento do que acontece com os outros
  • Ataca e fere outras pessoas mesmo que não exista motivos para isso
  • É inacessível perante as tentativas de comunicação das outras pessoas.
  • Ao invés de explorar o ambiente e as novidades restringe-se e fixa-se em poucas coisas.
  • Apresenta certos gestos imotivados como balançar as mãos ou balançar-se
  • Cheira ou lambe os brinquedos
  • Mostra-se insensível aos ferimentos podendo inclusive ferir-se intencionalmente

Manifestações sociais
Muitas vezes o início é normal, quando bebê estabelece contato visual, agarra um dedo, olha na direção de onde vem uma voz e até sorri. Contudo, outras crianças apresentam desde o início as manifestações do autismo. A mais simples troca de afeto é muito difícil, como, por exemplo, o próprio olhar nos olhos que é uma das primeiras formas de estabelecimento de contato afetivo. Toda manifestação de afeto é ignorada, os abraços são simplesmente permitidos mas não correspondidos. Não há manifestações de desagrado quando os pais saem ou alegria quando volta para casa. 
As crianças com autismo levam mais tempo para aprenderem o que os outros sentem ou pensam, como, por exemplo, saber que a outra pessoa está satisfeita porque deu um sorriso ou pela sua expressão ou gesticulação. 
Além da dificuldade de interação social, comportamentos agressivos são comuns especialmente quando estão em ambientes estranhos ou quando se sentem frustradas.

Razões para esperança
Quando os pais de uma criança autista descobrem que seu filho é autista muitas vezes cultivam durante algum tempo ainda a esperança de que ele ira recuperar-se completamente. Algumas famílias negam o problema e mudam de profissional até encontrar alguém que lhes diga um outro diagnóstico. Como seres humanos a dor sentida pode ser superada, nunca apagada, mas a vida deve manter seu curso. Hoje mais do que antigamente há recursos para tornar as crianças autistas o mais independente possível. A intervenção precoce, a educação especial, o suporte familiar e em alguns casos medicações ajudam cada vez mais no aprimoramento da educação de crianças autistas. A educação especial pode expandir suas capacidades de aprendizado, comunicação e relacionamento com os outros enquanto diminui a freqüência das crises de agitação. Enquanto não há perspectiva de cura podemos desde já melhorar o que temos, o desenvolvimento da qualidade de vida de nossas crianças autistas.

Diagnóstico
Os pais são os primeiros a notar algo diferente nas crianças com autismo. O bebê desde o nascimento pode mostrar-se indiferente a estimulação por pessoas ou brinquedos, focando sua atenção prolongadamente por determinados itens. Por outro lado certas crianças começam com um desenvolvimento normal nos primeiros meses para repentinamente transformar o comportamento em isolado. Contudo, podem se passar anos antes que a família perceba que há algo errado. Nessas ocasiões os parentes e amigos muitas vezes reforçam a idéia de que não há nada errado, dizendo que cada criança tem seu próprio jeito. Infelizmente isso atrasa o início de uma educação especial, pois quanto antes se inicia o tratamento, melhor é o resultado.
Não há testes laboratoriais ou de imagem que possam diagnosticar o autismo. Assim o diagnóstico deve feito clinicamente, pela entrevista e histórico do paciente, sempre sendo diferenciado de surdez, problemas neurológicos e retardo mental. Uma vez feito o diagnóstico a criança deve ser encaminhada para um profissional especializado em autismo, este se encarregará de confirmar ou negar o diagnóstico. Apesar do diagnóstico do autismo não poder ser confirmado por exames as doenças que se assemelham ao autismo podem. Assim vários testes e exames podem ser realizados com a finalidade de descartar os outros diagnósticos. 
Dentre vários critérios de diagnóstico três não podem faltar: poucas ou limitadas manifestações sociais, habilidades de comunicação não desenvolvidas, comportamentos, interesses e atividades repetitivos. Esses sintomas devem aparecer antes dos três anos de idade.

Tratamento
Foge ao objetivo desde site entrar em maiores detalhes a respeito do autismo em geral e sobre o tratamento especificamente. Há fontes mais completas e mais detalhadas na Web: aqui nos restringimos a uma abordagem superficial. 
Contudo, vale a pena fazer algumas citações. Não há medicações que tratem o autismo, mas muitas vezes elas são usadas para combater efeitos específicos como agressividade ou os comportamentos repetitivos por exemplo. Até bem pouco tempo usava-se o neuroléptico para combater a impulsividade e agitação, mais recentemente antidepressivos inibidores da recaptação da serotonina vêem apresentando bons resultados, proporcionando maior tranquilidade aos pacientes. As medicações testadas e com bons resultados foram a fluoxetina, a fluvoxamina, a sertralina e a clomipramina. Dentre os neurolépticos a clorpromazina, o haloperidol e a tioridazina também podem ser usadas dentre outras.
Para o autismo não há propriamente um tratamento, o que há é um treinamento para o desenvolvimento de uma vida tão independente quanto possível. Basicamente a técnica mais usada é a comportamental, além dela, programas de orientação aos pais. Quanto aos procedimentos são igualmente indispensáveis, pois os pais são os primeiros professores. Uma das principais tarefas dos pais é a escolha de um local para o treinamento do filho com autismo. Apresentamos aqui algumas dicas para que a escolha seja a mais acertada possível:

  • Os locais a serem selecionados apresentam sucesso nos treinamentos que realiza?
  • Os profissionais dos locais são especialmente treinados com esse fim?
  • Como são planejadas e organizadas as atividades?
  • As atividades são previamente planejadas e rotineiras?
  • Como o progresso é medido?
  • Como cada criança é observada e registrada quanto a evolução?
  • O ambiente é planejado para minimizar as distrações?
  • O programa irá preparar os pais para continuar o treinamento em casa?

Casos Clínicos
Henrique 

Quando criança pequena era afetuoso e brincalhão. Aos seis meses sentava-se e engatinhava, aos 10 começou a andar e aos 13 meses já podia contar. Um dia aos 18 meses sua mãe o encontrou sentado na cozinha brincando com as panelas de forma estereotipada (repetindo sempre os mesmos movimentos) e de tal forma concentrado que não respondeu às solicitações da mãe. Desse dia em diante a mãe se recorda que foi como se ele tivesse se transformado. Parou de relacionar-se com os outros. Freqüentemente corre ziguezagueando em volta de casa. Tornou-se fixado por lâmpadas elétricas, corre em volta de casa apagando e acendendo as luzes e se alguém tenta interrompê-lo ele torna-se agitado batendo e mordendo quem estiver pela frente.
Joana
Desde o dia em que nasceu Joana apresentou comportamento anormal, parecia diferente das demais crianças. Numa idade em que a maioria das crianças é curiosa e quer ver tudo, Joana mexia-se pouco no berço e não respondia aos ruídos dos brinquedos. Seu desenvolvimento não se deu na ordem esperada, ficou de pé antes de engatinhar, e quando andava era na ponta dos pés. Aos dois anos e meio de idade ainda não falava apenas agarrava as coisas ou gritava pelo que queria. Era capaz de ficar sentada durante horas olhando para um de seus brinquedos. Durante uma sessão de avaliação passou todo o tempo puxando os tufos do agasalho da psicóloga.

Última Atualização: 15-10-2004
Ref. Bibliograf: Liv 02 Liv 20

 

Violência e drogas na escola.

02-11-2011 01:19

 

 

“A atenção precisa ser diferenciada para aquele adolescente tido como indisciplinado ou que tem dificuldade de aprendizagem. Ao invés de rotular e propor a expulsão, o colégio deve investir pedagogicamente no aluno”, acredita Olympio de Sá Sotto Maior Neto, Procurador de Justiça.
Fonte: (Tribuna do Paraná, p.5; O Estado do Paraná, p.8; Joyce Carvalho – 18/10)

A violência na escola é assunto antigo das conversas sobre educação. Em 2000, aUDEMO realizou uma pesquisa com quase 500 escolas públicas de todo o estado de São Paulo, 44% afirmaram que a violência aumentara em relação aos anos anteriores.

É importante ressaltar que a violência escolar não vem desacompanhada de outros fatores. Não é algo que surge e termina dentro da sala de aula. É apenas uma das facetas dos variados tipos de violência que acercam o jovem diariamente: a violência familiar, social, estatal, verbal, física, comportamental, entre tantas outras. O aluno influenciado por tipos de violência em casa ou na rua é meio de transporte para que esta violência adentre as escolas.

O assunto é vasto e merece muitas discussões e reflexões. Contudo, para o professor, além de combater as causas, é de imediata importância também entender e tentar controlar suas conseqüências. Para isso, muitas possíveis soluções estão sendo apontadas a fim de que esse sério problema seja resolvido. Uma das ações que melhores resultados tem mostrado é a boa gestão da escola. Ou seja, a vontade dos diretores e dos professores de mudar o quadro depredado da escola. Bons exemplos encontramos em escolas como a da Vila Prete e a Professor José Negri, ambas no estado de São Paulo. Essas escolas conseguiram ótimas notas em exames nacionais, e o segredo está na boa gestão.

Uma gestão de qualidade inclui projetos que tragam os professores, pais e voluntários para perto dos alunos, dentro da escola. Projetos como atividades internas nos períodos em que não se tenham aulas, aos fins de semana etc, assim como o conhecido Amigos da Escola, ou mesmo outros de iniciativa própria nas comunidades.

O importante é acreditar no aluno. Não se pode desistir daquele aluno que não consegue aprender e tem dificuldades dentro e fora da escola, sentindo-se intimidado com a frustração, ele pode reagir com violência. A professora Mabel Victorino, 30 anos, deixa isso claro quando fala sobre o assunto,

“A gente tem de usar todas as formas possíveis para fazer o aluno aprender… Se não dá de um jeito, aprende de outro.”

A vontade de se empenhar na pacificação da escola já é bem antiga, em 1999, uma reportagem da ISTOÉ que tratava da violência escolar coloca um comentário do pedagogo Roberto Leme, presidente da UDEMO na época,

“Sem conseguir sobressair, os jovens se juntam em grupos e partem para a violência”, explicitando a importância das atividades extracurriculares na rotina do jovem.

As Drogas

Um dos principais motivos da violência escolar está no uso e no tráfico de drogas (ilícitas ou não). Muitos alunos usam e comercializam drogas dentro e nas proximidades da escola. Isso também atrai maus elementos para os arredores das instituições. Na mesma pesquisa da UDEMO,

“27% das escolas pesquisadas relataram que alunos portavam e consumiam bebidas alcoólicas durante as aulas. 19% das escolas foram invadidas por estranhos, com objetivo de furto, roubo, estupro, tráfico, de drogas. 18% acusaram porte ilegal de armas, por parte dos alunos.”

A solicitação de um bom policiamento às autoridades, como se já não fosse um dever, pode ajudar. Às vezes, apenas a presença de uma viatura da Guarda Municipal já é o suficiente para intimidar possíveis problemas nas saídas das escolas e o comércio de drogas – pelo menos em frente aos portões.

Um levantamento publicado pelo jornal argentino Clarín, no ano passado, mostra que o Brasil é o 3º em uso de cocaína na América do Sul,

“1,7% dos brasileiros matriculados no ensino médio já consumiram a droga.”

O Brasil perde apenas para a Argentina e para o Chile. Isso pode nos dar uma idéia de como o problema é grande.

Sem contar o uso de bebidas alcoólicas e de cigarro comum. A criança com muito tempo livre ocioso acaba por assistir a muitos programas violentos e que incentivam o uso de álcool, por exemplo. Aída Maria Monteiro Silvia trata, em seu texto, A Violência na Escola: A Percepção dos Alunos e Professores (link para o arquivo em .pdf), entre outras coisas, a influência que a programação pouco educativa da televisão causa às crianças.

Campanhas e projetos que dão seminários sobre o uso e o efeito das drogas no organismo podem ajudar no combate a esse uso indevido na rua e nas salas de aula.

 

 

Ser Professor.

15-10-2011 17:30

      

        " Ser Professor é estar sempre consolidando teoria e prática, amor e conhecimento, emoções e sentimentos.                    

           Inventando a prática na sala de aula, construindo conhecimentos, numa constante arte de ensinar".

         

                                                                         Irene fonseca

Processos metodológicos usando a realidade do aluno.

10-10-2011 19:34

 

                                                                                   (imagem:interiores.jpg)

O mapeamento pelos sentidos, envolve pesquisas  e investigação através da equipe,  na observação da construção do mapeamento, os alunos poderão construir manualmente, idealizando maquetes, através de desenhos  e outros processos, como  também realizarem nos programas da internet.

A internet  tem aplicativos de jogos, para montar uma cidade. Como exemplo cito uma aula em que uma professora mandou os alunos montarem a zona rural e a zona urbana, numa 2ª. Série do Ensino Fundamental, o importante era a compreensão do conteúdo através da representação,  sem escreverem, só deveriam narrar suas construções e expectativas.

Na aula seguinte eles trouxeram os brinquedos, vaquinhas, bois, cabras, ônibus, carrinhos, trens, enfim todos os materiais necessários na montagem da zona rural e da zona urbana, homem, mulher (bonequinhos), e  para complementar a aula, a professora colocou música e juntos dançaram.

O importante é não deixar de ministrar os conteúdos, por falta de alfabetização dos alunos, mas contextualizar os conteúdos de acordo com a realidade do educando e permitir sua evolução.

 

Reflexão:     

 

"Educar é procurar novas formas de interação da realidade de cada aluno  e contextualizá-las no lócus escolar,

para  juntos  construirem um novo processo de aprendizagem"

                                                                    Irene Fonseca

         

 

 

 

 

 

 

 

 

Reflexão.

02-10-2011 18:25

"Educar é abrir o mundo para quem exerga só pela janela".

             (Irene)

Reflexão sobre avaliação.

02-10-2011 18:21

 

           Avaliar a qualidade numa sociedade globalizada e individualista é um dos objetivos da avaliação, a própria LDB 9394/96, enfatiza a necessidade do reconhecimento do aluno com o ser especial e único, é um processo subjetivo, não requer comparações,   as pessoas não apresentam as mesmas características, o mesmo ritmo e  nas diversas áreas do conhecimento o grau de habilidades e competências, divergem de um indivíduo e outro.

Portanto o docente precisa   reconhecer as diferentes formas de conceber o mundo e as idéias e a pluralidade cultural.

É necessário admitir que a empatia, a percepção, a intuição, são fundamentais para realizar um trabalho com sabedoria.   

A  avaliação  não avalia somente o aluno, ela aponta o que realmente está acontecendo no processo ensino aprendizagem e o que precisa mudar. Portanto é uma ferramenta reflexiva e visa dar ao docente elementos que possibilitem repensar na sua atuação e na sua metodologia.

Ele precisa ser claro e nunca dúbio, e estar atento a outros aspectos do processo ensino-aprendizagem, valorizar o aluno como um ser autônomo, contribuindo para sua consciência crítica e respeitar a  realidade que cada um imprime em sua história de vida.

                                  (imagem: cedibrasil.com.br)

                                   Irene Fonseca

A educação nossa de cada dia!

02-10-2011 17:34

 

                        A  sociedade brasileira, precisa envolver-se mais nas questões educacionais, vivemos momentos difíceis, pautados pela violência, pelo desrespeito e pela falta de amor, onde a família tem perdido seu espaço para o mundo virtual e carentes de atenção e amor, seus filhos parecem penarem na atmosfera terrestre.

                        Há uma grande confusão, em exercer com determinação o papel de pais, e simplesmente ignorar e até passar as mãos na cabeça do filho. Essa função exige amor, comprometimento, abnegação, respeito, empatia e acima de tudo compartilhar, o outro também precisa ser ouvido com atenção e quem ouvi fica em silêncio, atento às informações transmitidas.

                        A família brasileira, não pode acreditar que a Escola é responsável  pela educação de seus filhos, precisam acordar e assumirem seus papéis, e começarem desde o ventre materno a envolverem a criatura gerada.

                        Seu feto é uma vida, que  vai receber suas emoções e do ambiente em que você convive, trará todas as impressões que a gestação se encarregar de passar para ele, e se houver amor durante a gestação, onde os familiares do gerado, o aguardam com carinho, respeito e consideração, qualquer adversidade sofrida pela gestante neste período, será mais fácil de superação pelo bebê que ela carrega no ventre.

                        A educação, começa no momento em que você toma conhecimento da gravidez, e se perpetua pro resto da existência humana, ela é sempre um processo inacabado, digna de reflexão e reforma íntima.

                        Abandonar o filho para a Escola cumprir seu papel, é abdicar-se da responsabilidade de Ser pai, mãe, ou outra denominação familiar, seja lá quem participa diretamente da vida dessa criança.

                        Os governantes falam em escola de tempo integral, e os pais ficam ansiosos esperando, esta tal escola, falam em diminuir o período de férias e os pais ficam certos  de que o dever deles é só procriar e não importa quais as condições são oferecidas por essa escola, se os filhos estiverem guardados atrás dos muros das Instituições.

                        Lamentavelmente, eles preferem acreditar que educar é só dar coisas materiais quando podem, e quando não têm condições financeiras para tal, acham que educar é só arrumar uma boa  escola e abandoná-los nas mãos dos professores, que a família prefere acreditar que são tios e tias.

                        Não adianta os governantes, dizerem que estão equipando as escolas, para torná-las um lócus apropriado para o ensino integral, precisam realmente, investirem em educação, para tornarem o sistema atual digno, colaborando com os profissionais da educação, que são subjugados e tratados como escórias sociais.

                        Na atual conjuntura, muita gente tem investido na formação superior,  num curso de habilitação para área pedagógica, pelos baixos custos que certas Instituições oferecem esses cursos, o que desprestigia a classe do magistério, no entanto, para atuar na área é necessário certas competências e habilidades, que só a formação superior não certifica.

                        Portanto, vivenciar o dia a dia da sala de aula, não é  para qualquer um que carrega o diploma embaixo do braço, precisa acima de tudo, ter uma saúde mental de “ouro”, integridade moral e ética , conhecimento, criatividade, iniciativa, liderança e outros tantos outros adjetivos, mas sem nunca esquecer do Amor ao próximo e àquilo que faz.

                        O fato de amar, não lhe tira o direito de ter um tratamento digno, inclusive de recursos materiais, o amor enobrece a alma e não  é sinônimo de abdicação de bens materiais, que frise bem isto na cabeça dos governantes. E igualmente para governar faz-se necessário ter pelo povo, respeito, empatia e amor.

                        Atuo no sistema educacional desde 1976 e minhas palavras são da vivência de todos estes anos, do sofrimento, da falta de recursos em sala de aula e da falta de reconhecimento profissional, parece recolher migalhas para angariar e subsidiar a existência, apesar de até a presente data, eu nunca ter deixado de estudar.

                        A vida do professor é esta, estudar, estudar e estudar, e nunca esquecer que essa é uma riqueza que ultrapassa a esfera física e transpõe para o universo e vai além da alma.

 

Irene Fonseca


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